O ego, o superego e o id estão em constante
conflito, sendo que o ego tem de intervir constantemente para mediar os
impulsos (id) e os atos de consciência (superego). Os mecanismos de defesa são
processos subconscientes ou mesmo inconscientes que permitem à mente encontrar
uma solução para conflitos não resolvidos ao nível da consciência e que são
utilizados pelo ego. A base dos mecanismos de defesa são as angústias,
revelando-se pelo fato de o indivíduo não conseguir lidar com algumas
situações, que considera ameaçadoras.Quanto maior a nossa angustia, mais
fortemente os mecanismos de defesa ficam ativados. Dentro de certos limites, os
mecanismos de defesa são considerados normais e até podem ser encontrados em
pessoas saudáveis, mas a sua existência excessiva pode indicar sintomas neuróticos
ou até mesmo psicóticos.
Os mecanismos de defesa mais importantes são a
negação, a projeção, a formação reativa, o deslocamento e a regressão.
· Negação: A pessoa nega a existência de
pensamentos ou sentimentos problemáticos, recusando aceitar a realidade. (Exemplo:
"Este problema não é meu!”)
· Projeção: A pessoa dissimula impulsos,
conflitos ou sentimentos pessoais inconvenientes, atribuindo-os a outras
pessoas (Exemplo: Não gostamos de uma determinada pessoa e ‘preferimos’
acreditar que é a outra pessoa que não gosta de nós).
· Formação reativa: A pessoa comporta-se de uma
forma contrária aos seus impulsos, quando estes não podem ser demonstrados
(Exemplo: Ser muito bem tratado na casa da namorada pela mãe dela, mas sentir
que a futura "sogra" detestou a visita; aqui a sogra usaria a
formação reativa para ocultar os seus verdadeiros desejos.)
· Deslocamento: A pessoa direciona as
características e particularidades de um objeto para outro (Exemplo: Chatear-se
com o chefe no trabalho e quando chegar a casa bater no cão, como se ele fosse
o culpado da sua frustração).
· Regressão: A pessoa a estádios anteriores do
seu desenvolvimento como forma de lidar com uma situação stressante (Exemplo: Em
certas situações, chorar pode ser uma regressão à infância, numa situação em
que foi através do choro que a pessoa resolveu o problema).
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