domingo, 3 de junho de 2012

Desenvolvimento na infância e na adolescência


Desenvolvimento físico
Quando os bebés nascem, a sua cabeça representa ¼ do seu tamanho sendo que os seus olhos têm metade do seu tamanho final, e o seu tamanho representa 1/20 da estrutura final. O peso é muito variável, visto que depende da condição nutricional da mãe, sendo que os rapazes apresentam 4% mais de peso do que as raparigas.

     Após o nascimento, todas as crianças seguem uma mesma sequência de estádios, por exemplo todas as crianças conseguem sentar-se antes de ficar de pé, ficar de pé antes de andar e desenham um círculo antes de poderem desenhar um quadrado. Também desenvolvimentos da linguagem, todos os bebés passam pela mesma sequência de estádios, por exemplo, balbuciam antes de falar e pronunciam certos sons antes de outros.


Desenvolvimento Motor
     O desenvolvimento é um acontecimento contínuo que permite modificar e adquirir novas competências e características.
No desenvolvimento fetal (desenvolvimento pré-natal) verificam-se modificações ordenadamente e de uma forma invariável. O feto desenvolve-se sob uma determinada ordem, que acontece, geralmente, na mesma idade pré-natal para todos os fetos. Por exemplo, todos os fetos movem a cabeça antes de poderem abrir as mãos.


Desenvolvimento sensorial
     Após o nascimento, o paladar é o sentido mais apurado, pois os bebés demonstram conseguir distinguir um sabor amargo de um doce. Alguns estudos demonstram que os bebés são capazes de sentir o cheiro do leite quase desde o nascimento. A visão não tem um desenvolvimento tão rápido, sendo que os bebés conseguem focar a 25 cm, por ex. a cara da mãe quando esta os amamenta. Aos seis meses já são capazes de distinguir as cores, a cara dos pais da cara de estranhos e têm perceção de profundidade, evitando as situações em que estes possam cair.

VISÃO
Desde que nasce que o bebé vê, embora não com muita clareza. Quando o bebé nasce a sua visão é baça, mas ele consegue distinguir formas, luz e movimento. Um recém-nascido só consegue focar a uma distância entre 20 e 30 cm, por isso o rosto da mãe quando esta o amamenta é uma imagem bastante interessante. Entre os 6 e os 8 meses o bebé já consegue quase tão bem como uma pessoa adulta. Até aos dois meses, o bebé tem a perceção de padrões de elevado contraste, moderadamente complexos e padrões em movimento. Dos dois meses até um ano os bebés começam a ser mais sensíveis ao movimento, a perceber o objeto como um todo e a usar contornos subjetivos, sendo que esta perceção resulta de uma interação entre a visão, a maturação biológica e a aprendizagem.

Quando nasce bebé ainda não consegue usar os dois olhos simultaneamente, mas com 1 ou 2 meses o já consegue focalizar os dois olhos ao mesmo tempo. Inicialmente os bebés têm dificuldade em distinguir cores semelhantes e, por isso, preferem cores contrastantes como o branco e o preto. Entre os 2 e os 4 meses, os bebes começam a distinguir cores semelhantes e assim o bebé começa a preferenciar cores primárias e fortes e imagens mais detalhadas e complexas. Com cinco meses, o bebé é capaz e distinguir objetos muito pequenos e consegue seguir o movimento das coisas. Com oito meses o bebé possui uma visão quase tão boa como a de um adulto e continua a ver melhor ao perto do que ao longe.

Os bebés mostram uma clara preferência por rostos humanos e o facto de imitarem as expressões faciais desde cedo demostra a importância da perceção de faces do desenvolvimento de certas competências como a interação social e a linguagem. Dr. Andrew Meltzoff realizava experiências para perceber a capacidade de perceção de faces dos bebés.
AUDIÇÃO
Quando nasce o bebé já apresenta este sentido funcional, olha na direção do estímulo auditivo, reconhece a voz da mãe, prefere músicas ritmadas (porque na barriga da mãe ouvia o bater do coração dela) sendo este o sentido mais importante para o bebé, visto que a visão ainda não se encontra bem desenvolvida.

OLFACTO
O bebé é capaz de detetar uma variedade de odores, é capaz de reconhecer o cheiro da mãe (leite materno) e distingui-lo dos outros odores
PALADAR
O bebé prefere sabores mais doces, sendo que consegue distinguir sabores doces, amargos e salgados.
TATO
O bebé responde ao toque e tem mais sensibilidade às mudanças de temperatura, à pressão e à dor. Os recém-nascidos são também sensíveis ao ritmo ( embalar, palmadinhas no rabo).
Nas experiencias realizadas para estudar a perceção do espaço tridimensional, mais propriamente o desenvolvimento da perceção em profundidade, constatou-se que desde que gatinhavam (6-14 meses), as crianças evitavam o lado fundo, as crianças que ainda não gatinhavam (2 meses) não tinham uma frequência cardíaca acelerada quando postas no lado profundo e que os outros animais desde que se conseguem movimentar que evitam o lado fundo.
Perceção intermodal

No nascimento a perceção é amodal, no 1º mês a perceção oral-visual é fraca, aos 4 meses começa a haver uma coordenação entre a visão e a audição e até aos 6 meses o bebé já  coordena sensações táteis e visuais.

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